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A pretensão da razão de tudo explicar choca com a impossibilidade de dar conta do paradoxo de uma África rica nos seus recursos humanos e naturais, mas que jaz globalmente numa miséria desumana. Sem qualquer desejo de depreciarmos ou menosprezarmos o papel preponderante da razão em todo e qualquer processo de compreensão dos fenómenos, a problemática referente às « patologias » africanas exige que convoquemos outros campos do saber para o seu esclarecimento adequado.
Convoquemos apenas o contrário do « consciente », isto é, o « inconsciente » como possível lugar susceptível de fornecer respostas que ultrapassam o campo limitado do consciente ou do mero exercício da razão.